domingo, 10 de outubro de 2010

But still decided to stop her there..

Um tênis branco durante uma chuva infernal. Quem se importa com a cor, afinal ?
Não é mais sobre o que te faz feliz, e eu nem quero imaginar como vai terminar. Diz-me apenas o porque das palavras não soarem do modo como devem ser entendidas. Por que ninguém mais corrige ? Não é mais sobre o meu silêncio que aflige.
Por que mesmo eu estou perdendo meu senso de realismo? 
Apenas preciso tomar minha dose de consciência, mas ela tem sido cara, meu querido, cara demais para uma ressaca de arrependimento. Não é exatamente sobre uma busca por quem eu realmente sou, seria muito mais do que isso, mas é incerto, é tudo incerto; como num pressentimento de que tudo desapareça assim que eu der as costas, e dói, dói incomensuravelmente o câncer do seu desaparecimento. Como num modo delicado, porém corrosivo de me matar, lentamente, agilmente. Nunca precisaste realmente me conhecer para ver o quanto a minha alma era transparente para ti; ironicamente não percebe o quanto isso é angustiante. Uma idealização pessoal. Certo. O plástico bolha não era exagero, assim como meu segundo nome; e nem o jornal me embrulhando deste modo, tão friamente, me induzindo a permanecer escondida, por uma singela questão de autoproteção.
Irá você me levar abaixo?
Perdão pela anomalia não sacrificada, indo em movimento retardado para a beira do precipício.Abrindo um perfil de informações. Você sabe que todas elas são sobre você? Ou então que são todas falsas ? Eu nem vou lhe pedir mais para não me chamar de amor.
Há 5 meses tendo algo em que pensar na hora de deitar, agora isso parece novo.
É apenas a erva daninha da dúvida que me plantam, constantemente, e eu as rego, sempre.
“Tudo bem.”  É algo relativo, é algo complicado, você não sabe. É sobre quando tu não apareces; sobre essa linha curvada e obscura que brota entre meus olhos, dando-me uma expressão indescritível, que eu sei que reflete apenas minha mente e meu estado de alma. E o que se passa internamente eu não divido, não mesmo. 
23:23 já havia avisado, e eu nem dei muita bola, na real.
Apenas responde, aonde foi que você se guardou ?
Seu sarcasmo me atrapalha agora; é a hora de ir embora, e nós sabemos que vamos repetir o ‘‘eu te amo” juntos, sempre, e eu nem quero o “mas”, apenas o “eu te amo” me satisfaz, e não sei o porque de tanta urgência nisso tudo. Apenas venha, e me faça rir com os olhos, penetrando nos seus e fazendo o estrago todo; 
Podemos nos acabar tanto assim?
Posso eu lhe encontrar do meu modo?
Talvez eu devesse parar de pedir permissão para algo tão incerto.

Mas e quando é incerto apenas para mim? Tudo o que eu quero se resume em uma noite fria e você aqui, deitado ao meu lado, just. Essa ortografia toda não importa, we know. Obrigada por me fazer acreditar. Apenas sinto saudades de quando podia ser mais fria, e realista, e pé no chão; por que esse sentimento sufocante brinca assim com a gente, de iludir, de machucar? E nem é possível chamá-lo de racional, afinal. Costumo confundir intuição com insegurança, e isso pode cortar laços. Mas e quando você aparece contando os dias que estamos juntos.. isso me amolece tanto.. e seguimos assim, com todas essas coisas internas em mim, corroendo, mas em momentos assim se reconstituindo e tornando impossível as ruínas desses laços que se fortalecem repentinamente, sempre. A convivência pode se tornar algo não saudável, afinal. Todo esse cuidado, essa necessidade de novas informações e essa urgência de você, afetam meu sistema nervoso completamente, fazendo meu metabolismo decair e entrar em oposição com minha saúde, e o pior de tudo é: NÃO HÁ NENHUMA CONTRADIÇÃO.


Nos dirigimos então rente a um redemoinho de água e vento, nos perdendo em um embrulhado de curiosidade e reconhecimento da clássica cena: ele cantando em seu ouvido, ela desfrutando do timbre marcante em sua voz, familiar em sua cantiga de ninar mental.